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Cidade Centenária
Minha Mococa. Cidade localizada num cantinho do estado paulista, nascida ao redor da Igreja Matriz e erguida pelos grandes barões cafeeiros. Estes, que além do café, também deixaram como herança graciosos casarões espalhados pelas ruas do centro, que podem ser vistos até os dias de hoje. Podem, mas não são. Isso porque não estão sendo empregados os esforços necessários para incentivar a prática turística, que tanto contribuiria para o desenvolvimento do município.

Alguns grupos locais já tentaram se reunir com os órgãos públicos para angariar os recursos precisos para a inclusão de Mococa em um circuito cultural regional. Porém, como os responsáveis pela administração da cidade não se interessam pela ideia, nada foi feito, desperdiçando uma área com enorme potencial de atrair visitantes e, consequentemente, aquecer a economia local.

Além dos casarões históricos, Mococa ainda é ornamentada com as esculturas do artista modernista Bruno Giorgi, que nasceu na cidade e a presentear com inúmeras obras. Outro brilhante cidadão foi Rogério Cardoso, ator e comediante, cujo nome é dado à Casa de Cultura mocoquense. Já a área rural, possui antigas fazendas onde é possível, não apenas conhecer um outro aspecto do município, como também, encontrar um retiro para afastar-se da conturbada vida urbana.

Dado o exposto, infere-se que, apesar de todos os percalços, Mooca é uma cidade lindamente comum, com seus pontos positivos que se destacam em relação aos negativos. É preciso, porém, que sejam feitos os investimentos necessários a fim de buscar os avanços socioeconômicos para a cidade e melhorar ainda mais o lugar onde vivo.

Autor: Pedro Henrique Jorenti


Mal do século: o segundo ato
Egocentrismo. Melancolia. Pessimismo. Essas são características típicas da segunda geração do Romantismo, mas que estão intimamente ligadas aos adolescentes de hoje. Por conseguinte, uma vida isolada de todos torna-se uma saída atrativa, o que acaba contribuindo para elevar ainda mais os casos de depressão.

Em primeiro lugar, deve-se entender o papel da sociedade nesse cenário. Durkheim acreditava que o todo definia as partes. Seguindo esse raciocínio, pode-se concluir que a imposição de padrões por meio de mídias sociais, por exemplo, acaba abrindo caminhos para a sensação de completude inatingível, que aliada a quadros de ansiedade, podem levar a decisões irreversíveis, como o suicídio.

Ademais, é evidente o descaso por parte da população. Em muitos casos, o adolescente demonstra sinais de depressão, mas são passados despercebidos, o que intensifica o problema. Assim, mais uma vez fica claro que a posição que a sociedade deve tomar é o de observar e, em vez de julgar como falta de espiritualidade, dar o suporte psicológico adequado.

Evidencia-se, portanto, que há uma lacuna a ser preenchida para suprir esses casos de solidão. Sendo assim, é dever do Estado, por meio do Ministério da Saúde, oferecer, de maneira igualitária, profissionais capacitados para identificar e propor o tratamento adequado aos casos de transtornos psicológicos, seja nos postos públicos, seja nas escolas. Além disso, deve-se buscar despertar o jovem para pensamentos que vão além dos valores midiáticos. Tudo isso a fim de que o mal desse século deixe de interromper tantas vidas.

Autora: Thaiza Roberta Ap. G. Vicente



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